sexta-feira, 8 de abril de 2011

Aguinaldo Silva distribui maldades em “Lara com Z”

“Isso aqui é Shakespeare, não é chanchada da Atlântida”, diz Wolf, o diretor da desastrada montagem de “Macbeth”, protagonizada pela atriz Lara Romero. Na completa ironia da frase, Aguinaldo Silva resume com propriedade a proposta de “Lara com Z”, seriado nascido de uma costela de “Cinquentinha”, exibido no final de 2009, mas desta vez com um foco mais claro.
Lara (Susana Vieira) agora reina sozinha, sem as outras cinquentonas do primeiro seriado, mas o tom é o mesmo. Escracho total. No dia seguinte à estreia, no jornal, a temida – e engraçada – crítica Sandra Heibert (Eliane Giardini) dirá que Lara como lady Macbeth lembra “a Cuca do (Sitio do) Picapau Amarelo”.
Na sua caricatura do mundo artístico decadente, Aguinaldo Silva distribui pitadas de veneno em cada cena, em cada fala, a cada personagem. Inseguro, o ator principal da montagem (Guilherme Weber) se deixa seduzir por uma garrafa de uísque e um garotão mal intencionado. Tem o diretor Wolf (Wolf Maia), histérico. Tem o autor de novelas blasé (Fernando Eiras), que se emociona com o drama da atriz decadente.
E tem, especialmente, Lara. No camarim do teatro que comprou, a atriz recebe a visita de um auditor de contas da Justiça (Humberto Martins), que a intima. “Captou verbas para fazer um filme. Não fez, comprou este teatro e montou esta peça”, ele diz. “Isso aqui é arte também”, responde Lara. “Não, isso é crime”.
Lembrou de personagens e situações semelhantes na “vida real”?

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