sexta-feira, 18 de março de 2011

Conheça ‘Macho Man’ o novo seriado da Rede Globo

http://ocanal.files.wordpress.com/2011/03/globo.jpg?w=300É possível alguém ser ex-gay? Como seria a vida de um gay que vira heterossexual? Para os autores Fernanda Young e Alexandre Machado, famosos por criar tipos únicos, tudo é possível – e permitido -, principalmente, na comédia. “Ao contrário das novelas, que dependem muito das suas tramas, seriados de comédia dependem de personagens interessantes. Por que ninguém fez até hoje uma história sobre um ex-gay? Já se fez de homem que vira mulher e vice-versa, adulto que vira adolescente e vice-versa, rico que vira pobre e vice-versa – até de hétero que vira gay já se fez. Nós resolvemos, portanto, investigar como seria a vida de um gay que vira hétero”, diverte-se Fernanda.
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Este é o ponto de partida de ‘Macho Man’, seriado que estreia em abril na nova grade da Rede Globo, com texto de Alexandre Machado e Fernanda Young e direção geral de José Alvarenga Jr. O programa vai contar a divertida e nada convencional jornada do casal de amigos Nelson (Jorge Fernando) e Valéria (Marisa Orth) em busca da adaptação a suas novas realidades de homem heterossexual e mulher magra. Como comenta o autor Alexandre Machado, são as quebras de paradigmas vividas pelos personagens desajustados e bem-humorados de ‘Macho Man’ que os tornam mais fascinantes: “É a ideologia da diversidade elevada à mais pura individualidade. Cada um é o que é, independente dos rótulos que são colocados. Não existe nada mais diferente do que uma pessoa e outra. E é isso que torna a vida, e os seriados, interessantes.”
Para a interpretação de personagens tão particulares, a escalação teve que ser precisa. Convicto de que o papel do cabeleireiro deveria ter uma alegria natural – que viesse do ator e não da interpretação -, o diretor-geral do programa José Alvarenga Jr. não titubeou ao pensar no ator/diretor Jorge Fernando para viver o ex-gay Nelson: “Pensei em alguém parecido com o Jorge Fernando, até que considerei – por que não ele mesmo?”, conta o diretor. ‘Macho Man’ marca, então, a volta de Jorge Fernando à atuação, depois de uma longa e bem-sucedida temporada na posição de diretor – sendo seu mais recente trabalho a novela das sete ‘Ti-ti-ti’. Já a escolha de Marisa Orth foi natural. A atriz já havia participado de ‘Os Normais – o filme’, outra vitoriosa parceria do trio formado por Fernanda Young, Alexandre Machado e José Alvarenga Jr.. “Marisa é muito ágil e rápida, características que se ajustam perfeitamente aos textos de Alexandre e Fernanda”, explica Alvarenga.
O bofe e a fina
Nelson (Jorge Fernando) é um cabeleireiro totalmente bem resolvido e, principalmente, muito feliz com sua opção sexual. Até que, um belo dia, ao ser atingido pelo salto de uma drag-queen na pista de dança de uma boate gay, perde os sentidos. Ao acordar, tudo estaria bem se não fosse por um pequeno detalhe: ele passa a se interessar por mulheres. Sem saber como se comportar no novo mundo, só uma pessoa pode lhe apoiar: Valéria (Marisa Orth), sua amiga e colega de trabalho, que está deprimida por não ter sucesso com os homens, mesmo depois de ter perdido 20 quilos. Em troca, Nelson vai ajudá-la a recuperar sua autoestima e se adaptar ao universo dos magros, começando por uma limpa nas lingeries da amiga, dando fim às antigas calçolas plus size.
Enfrentando o novo mundo
Que Nelson é gay, todo mundo sabe, mas que ele passou a se interessar por mulheres só Valéria (Marisa Orth) passa a ter conhecimento. Após o acidente, o cabeleireiro revela seu segredo à amiga e pede que ela não conte o ocorrido a ninguém, temendo que a nova opção sexual comprometa sua carreira. Valéria, então, passa a lhe prestar consultoria, ensinando-o tudo sobre a psique feminina. O primeiro passo é mudar o seu visual, tirando qualquer peça – que ele possa chamar de “chiquérrima” – de seu guarda-roupa. Depois, é hora de frequentar novos ambientes, onde haja mulheres livres e disponíveis – boates, exposições de arte, piano-bar e, até mesmo, supermercado, “ lugar onde as maduras deixam de ser frescas e ficam em oferta”.
Nelson vai precisar de muito esforço para perder seus hábitos expansivos e suas gírias descoladas, mas a principal dificuldade será compreender as sutilezas necessárias para paquerar e conquistar uma mulher. Ser engraçado, enfrentar homens brigões, dançar com os braços duros, ouvir música cafona, ser romântico e, acima de tudo, agir naturalmente. Todas as instruções de Valéria vão deixá-lo ainda mais confuso e suscetível a confusões hilárias. A amiga também não terá sorte com os homens. Pior do que isso, ela vai descobrir das formas mais engraçadas que fazia mais sucesso com eles quando estava acima do peso. Suas frustrações se somam à medida que ela é dispensada por um ex-caso, que admite sentir falta de suas antigas curvas, e culmina no fato de não chamar  mais a atenção do açougueiro do supermercado, que gostava de seus quilos extras.
Dando pinta no salão
No salão Fréderic’s, onde Nelson é cabeleireiro e Valéria, assistente, o segredo dele deve ser guardado a qualquer custo. Quando Fréderic (Roney Facchini), dono do salão, fica sabendo de um suposto boato a respeito da nova preferência sexual de Nelson, logo alerta o funcionário para abafar a notícia, ou ela pode prejudicar seu trabalho. A fofoca é trazida pela recepcionista Nikita (Natalia Klein), a funcionária gótica que tem sempre histórias bizarras para ilustrar seus comentários diariamente compartilhados com o cabeleireiro.
Uma das frequentadoras assíduas do local é Vendetta (Rita Elmor), uma ex-modelo que hoje, falida, precisa se conformar com os trabalhos que consegue, como o de recepcionista em feira de agropecuária. A maior parte do tempo que fica no salão passa conversando com Valéria e Tifany (Luanna Jimenes), a carreirista e também assistente do Fréderic’s. A intensa conversa das duas irrita Fréderic que, com mania de perseguição, pensa que todos os funcionários confabulam a seu respeito.
Perfil dos personagens
Nelson (Jorge Fernando) – Cabeleireiro, amigo de Valéria (Marisa Orth) e também seu colega de trabalho no salão Fréderic’s. Um acidente faz com que deixe de ser gay e passe a se interessar por mulheres. No entanto, ele não perde os principais aspectos de sua personalidade.
Valéria (Marisa Orth) – Assistente do salão Fréderic’s. Perdeu 20kg recentemente, deixando de ser gorda. É amiga de Nelson e vai ajudá-lo a conquistar mulheres, ensinando tudo que ele precisa saber sobre a psicologia feminina.
Nikita (Natalia Klein) – Recepcionista gótica do salão Fréderic’s. Diariamente passa os recados das clientes para Nelson (Jorge Fernando), assim que ele chega. Tem sempre uma história estranha para ilustrar seus comentários.
Venetta (Rita Elmor) – Cliente frequente no salão Fréderic’s. É ex-modelo e decadente.
Tifany (Luanna Jimenes) – Oportunista, é assistente do salão Fréderic’s.
Fréderic (Roney Facchini) – Dono do salão, ele tem mania de perseguição. Sempre acha que os funcionários estão falando dele.
Os autores Fernanda Young e Alexandre Machado
Parceiros no casamento e também na vida profissional, Fernanda Young e Alexandre Machado assinam juntos os roteiros de diversas bem-sucedidas produções, como ‘Os Normais’. O programa, que marcou a estreia da parceria com o diretor José Alvarenga Jr., fez longa carreira na telinha, gerou o filme ‘Os Normais – o filme’ e a continuação ‘Os Normais 2 – A noite mais louca de todas’. O casal é também responsável pela autoria das séries ‘Os Aspones’, ‘Minha Nada Mole Vida’, ‘O Sistema’, ‘Separação?!’ e o especial de fim de ano ‘Nada Fofa’.
O que o público pode esperar do programa?
Fernanda Young: O nosso estilo de humor, que faz você rir de si mesmo.
Como foi a escolha do elenco?
Fernanda Young: Sempre opinamos, mas a ideia do Jorginho e da Marisa foi do Alvarenga. Indicamos três nomes do elenco fixo: Natalia Klein (que vimos atuando e achamos ótima), Rita Elmor (que fez um excelente trabalho como a chefa bipolar em ‘Separação?!’) e Luanna Jim (que trabalhou comigo numa performance que fiz aqui em São Paulo).
Nelson cita várias gírias do mundo gay e Valéria tem muitas teorias a respeito dos desejos femininos. Qual foi a fonte de inspiração para criar estes textos?
Alexandre Machado: Algumas gírias nós pesquisamos na internet, algumas inventamos, outras vêm dos nossos amigos gays. As teorias sobre o desejo feminino vêm das nossas cabeças mesmo, adaptadas ao perfil da personagem Valéria.
Vocês tomaram emprestadas histórias pessoais ou de amigos na composição dos personagens deste programa?
Fernanda Young: O programa apresenta uma visão ácida sobre o mundo dos relacionamentos heterossexuais – e essa visão vem de nossas experiências. Também frequento muito salão de cabeleireiro e é inevitável que os tipos e as fofocas que presencio estejam representados.
O diretor-geral José Alvarenga Jr.
O diretor carioca cresceu sob a influência do cinema, sendo naturalmente este o meio onde começou a trabalhar, colaborando em “Os Fantasmas Trapalhões”. Na TV, estreou ao lado de Daniel Filho em ‘A Justiceira’ e, de lá para cá, foi responsável por grandes sucessos nas duas mídias. No cinema, dirigiu ‘Divã’, obra que está adaptando para televisão. O caminho contrário ele já havia experimentado com ‘Os Normais’, que nasceu na TV e ganhou duas adaptações para o cinema. A série e filme estrelados por Luiz Fernando Guimarães e Fernanda Torres são apenas algumas de suas parcerias com os autores Fernanda Young e Alexandre Machado. Juntos eles também são responsáveis por ‘Os Aspones’, ‘Minha Nada Mole Vida’ e o mais recente ‘Separação?!’.
Que particularidade você destacaria na direção de uma comédia?
José Alvarenga Jr.: A comédia ter que ser quente, é um pouco um clima de caçada. Meu estilo acompanha o de Alexandre e Fernanda, que tem um texto rápido. O ambiente de trabalho tem que vibrar, ser quente, deixando o nível de concentração mais rápido. Se não for assim, é como assistir um filme 3D sem óculos.
Apesar das gravações ainda não terem começado, há como adiantar algo sobre como será a condução da direção do programa?
José Alvarenga Jr.: O que a gente procura fazer é entender o fluxo do texto. Isto é muito importante, porque cada autor tem uma musicalidade diferente. Eu e minha equipe damos ouvido a isto o tempo todo, pois é o que dá identidade para o autor. Nesse caso específico, em que os autores são Alexandre e Fernanda, com quem tenho uma parceria há muito tempo, procuro ser amante do texto, participamos mais junto a ele. E este é um texto que proporciona improvisos, Alexandre sempre proporciona o salto para nós, até porque temos a segurança que embaixo está uma rede de apoio. E, claro, trabalhamos tudo isso com uma qualidade visual, para que o programa seja bonito aos olhos. É o que interessa.
O que vocês planejam para a trilha sonora de ‘Macho Man’?
José Alvarenga Jr.: A gente está preparando uma trilha para que as pessoas dancem em casa, com muito Barry White, Village People… Será um clima “discoteque”! A gente quer fazer um programa muito alegre, divertidíssimo e contagiante. Aí entra também a importância da escolha do Jorginho, que é um ator extremamente contagiante.

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